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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Café: Tendência de preços firmes no curto e médio prazo

Café: Tendência de preços firmes no curto e médio prazo

Trator John Deere em açãoOs preços futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) mostram boa sustentação. A colheita da safra brasileira de café 2010/2011 agora avança com rapidez e se aproxima da metade. Com estoques mundiais baixos, consumo em alta e produção com números bem próximos do consumo atual, o mercado internacional de café não pode passar por problema climático mais sério em uma região produtora importante. A nova safra brasileira apesar de grande é suficiente apenas para as necessidades de embarque e consumo. Pouco café desta safra ficará como excedente para o próximo ano, quando o Brasil terá uma safra de ciclo baixo. O equilíbrio precário entre produção mundial e consumo não se resolverá em curto prazo. A queda dia após dia dos estoques certificados na Bolsa de Nova York, apesar de suas cotações terem atingido o seu maior nível em 12 anos, é um claro indício de que não existe café de qualidade e origens aceitas sobrando no mercado. O contrato setembro de 2010 está se mantendo acima dos 160 centavos de dólar por libra-peso, após um longo período confinado entre 130 e 135 centavos de dólar por libra-peso. 

Após a alta expressiva observada no final de junho, os preços internos do café arábica oscilaram fortemente nos últimos dias, acompanhando o movimento das cotações internacionais. De modo geral, as ofertas para os lotes de melhor qualidade giram em torno de R$ 300,00 por saca de 60 Kg, de café arábica tipo 6 bebida dura para melhor. No mercado interno, o preço médio do café arábica acumula uma expressiva alta de 17,1% desde o início do mês de maio passado. As cotações do café tiveram substancial alta em junho. O indicador de preço da Organização Internacional do Café (OIC) saiu de 128,10 centavos de dólar por libra-peso em maio para 142,20 centavos de dólar por libra-peso em junho, alcançando a melhor média mensal desde junho de 1997. A cotação segue acima dos 160 centavos de dólar por libra-peso. A volatilidade das cotações também aumentou consideravelmente no período. Movimentos especulativos por parte de fundos de investimento acentuaram a volatilidade de preço, que pode ser explicada principalmente pela redução na oferta dos arábicas suaves. Os aumentos de preços foram muito mais acentuados no caso dos suaves colombianos, com uma ampliação no diferencial entre os preços deste grupo e os outros três grupos de café (naturais, outros suaves e robusta). No entanto, há indícios de que os níveis de produção estão aumentando gradualmente na Colômbia e em vários outros países produtores.
Colheita de caféA produção brasileira para o ano-safra 2010/2011 está estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 47 milhões de sacas de 60 Kg. A colheita da safra 2010/2011 já começou em alguns países, como Brasil, Indonésia e Peru. A produção global de 2010/2011 deve alcançar entre 133 milhões e 135 milhões de sacas de 60 Kg. A produção colombiana deve se recuperar, depois de dois anos consecutivos de frustração de safra. A Colômbia deve produzir entre 10 e 11 milhões de sacas de 60 Kg. A produção do Vietnã, segunda maior do mundo, atrás do Brasil, deve ficar entre 16 e 18 milhões de sacas de 60 Kg. A Indonésia deve colher entre 10 e 11 milhões de sacas de 60 Kg. Índia e Etiópia devem produzir cerca de 5 milhões de sacas cada. No caso da safra 2009/2010, que está praticamente encerrada, a produção total continua inalterada em 120,6 milhões de sacas de 60 Kg. Isso representa uma queda de 5,8% em relação à produção no ano-safra 2008/2009. A participação do robustas aumentou de 38,6% em 2008/2009 para 41,2% em 2009/2010, enquanto a participação do arábica caiu para 58,8% ante 61,4% no período anterior. O consumo mundial continua a sustentar os preços. O volume aumentou de 130 milhões de sacas de 60 Kg em 2008 para 132 milhões de sacas de 60 Kg em 2009. Embora o consumo tenha sido impactado pela crise econômica em uma série de tradicionais países consumidores, o desempenho continua a ser flutuante em outro número de países.
Fonte: Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica
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